20 de dezembro de 2014 | 17h04
A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, disse ao ‘Estado’ neste sábado, 20, por telefone que não continuará mais à frente da empresa no ano que vem. O motivo, segundo ela, são problemas de saúde que a impediriam de continuar liderando a empresa com “capacidade máxima”.
Ela afirmou que “cumpriu sua missão” na Sabesp e que não tem mais condições físicas de continuar na empresa. “Eu estou com a saúde debilitada, eu não estou bem. Eu fiz duas cirurgias em outubro”, explicou ao Estado.
Embora afirme que sua saída não tenha relação com a crise do Sistema Cantareira, Dilma confirmou que a instabilidade na empresa chegou a “abalar” sua saúde. “Foi uma crise muito longa, muito inesperada.”
A presidente da Sabesp disse ainda que não tem data para sair da empresa e que vai continuar no cargo até o governador Geraldo Alckmin (PSDB) nomear um novo presidente. Ela contou que Alckmin foi informado há poucas semanas sobre sua saída e que pediu a Dilma que fique à frente da empresa até ele organizar a nova equipe. “Tive uma conversa muito boa (com o governador), e ele compreendeu perfeitamente bem.”
Dilma informou que sua saída não teve motivação política ou conflitos dentro da empresa. “Não tem nenhum problema, não tem nenhum conflito de espécie nenhuma entre a Sabesp, dentro da Sabesp. A diretoria da Sabesp está absolutamente unida em torno da empresa, em torno do desafio que temos para 2015”, afirmou. “Minha saída é exclusivamente porque precisa de alguém com capacidade máxima à frente da Sabesp nesse momento e eu não estou nessas condições.”
Confira a íntegra da entrevista feita por telefone:
A senhora vai continuar na empresa no ano que vem?
Eu não vou continuar na Sabesp. Eu estou com a saúde debilitada, eu não estou bem de saúde. Eu fiz duas cirurgias em outubro, é isso o que está acontecendo. Não tem nada de mais. É um fato normal uma pessoa cumprir a sua missão, achar que não tem condições físicas de continuar e solicitar para ser substituída.
Não é por causa da crise do Sistema Cantareira?
Não, não é por causa da crise. Não tem nenhum problema, não tem nenhum conflito de espécie nenhuma entre a Sabesp, dentro da Sabesp. A diretoria da Sabesp está absolutamente unida em torno da empresa, em torno do desafio que temos para 2015. A Sabesp tem tido todo o apoio do governo. Minha saída é exclusivamente porque precisa de alguém com capacidade máxima à frente da Sabesp nesse momento e eu não estou nessas condições.
A crise chegou a abalar sua saúde de alguma forma?
Olha, sempre abala. Eu não sou uma jovem. Foi uma crise muito longa, muito inesperada.
E quais problemas de saúde a senhora está enfrentando?
Isso é muito reservado. A cirurgia que eu fiz foi por causa da laringe e eu estou em repouso por ordem médica, não posso ficar falando muito por ordem médica.
A senhora pretende sair quando?
Eu estou à disposição do governador até ele indicar meu substituto.
O governador já está sabendo da sua saída?
Eu conversei com o governador, uma conversa muito boa, e ele compreendeu perfeitamente bem e me pediu para continuar à frente da Sabesp até ele organizar a nova equipe. Foi só isso o que aconteceu.
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