
18 de abril de 2013 | 02h02
No entorno de toda a Marginal do Tietê há 4,6 mil mudas nativas, entre elas paus-brasil, ingás, sibipirunas, jequitibás-rosa e sibipirunas.
Os problemas não só na compensação de grandes obras, mas no próprio paisagismo do Tietê. Segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que administra o jardim localizado nas margens do rio, cerca de 40 mil plantas ornamentam o entorno do curso d'água. Todo ano, é preciso fazer o replantio de 1,5 mil mudas. Para isso, há uma verba anual de R$ 8,9 milhões só para o paisagismo.
Mas, de acordo com o chefe de gabinete do Daee, Giuliano Savioli Deliberador, as condições do solo e da via dificultam os trabalhos de replantio e impedem o crescimento das árvores. "A faixa de terra ali é pequena, porque há cimento por baixo, para estruturar as margens do rio. É um solo paupérrimo, que não tem carga orgânica grande."
O regime desequilibrado de chuvas exige que as plantas sejam regadas com frequência. "É um jardim que demanda um trabalho enorme. Tem de adubar o tempo inteiro. É complicado e por isso é caro", diz Deliberador.
Segundo o ambientalista Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), o problema do replantio é a substituição de árvores que traziam benefícios para o meio ambiente. "Essas mudas, se vingarem, só trarão efeito similar daqui a 20 ou 30 anos", destaca. / B.F.S.
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