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Na confusão, vigia levou paulada na cabeça

Por Caio do Valle
Atualização:

O segurança do sindicato dos motoristas (Sindmotoristas) ferido na cabeça durante a confusão continuava em coma ontem. Ele estava no Hospital Santa Helena, próximo da sede da entidade, para onde foi levado. A família pediu para não serem revelados nem sua identidade nem seu estado de saúde. Ele levou uma paulada na cabeça - e não um tiro, como divulgado inicialmente. Entulho de um terreno quase na frente do sindicato foi usado como arma por pessoas que participaram do tumulto, segundo testemunhas. Eram pedras, pedaços de pau e ferro. Parte do material foi atirado contra a fachada da entidade, quebrando os vidros. Mas alguns foram arremessados nas pessoas.Outros feridos já haviam sido liberados do hospital. Um segurança que conversou com o Estado levou dez pontos nas costas e no ombro após, segundo ele contou, ter tomado um tiro de raspão. Ele também foi ferido por estilhaços de bomba caseira. O homem mostrou à reportagem curativos feitos pela enfermagem na altura do ombro esquerdo.O grupo de seguranças particulares do qual ele faz parte foi contratado pelo sindicato para ficar na frente da sede durante a saída das urnas. Um ônibus fretado os trouxe de cidades do interior e os levou embora ontem.Apesar de a polícia calcular em 200 os envolvidos, as testemunhas afirmaram que cerca de 400 pessoas integravam o grupo que defendia a oposição. Um homem do grupo, contam, chegou com luvas e roupas de boxe. Ele foi um dos primeiros a levar tiros, tendo sido atingido nas pernas e no braço esquerdo. Os disparos teriam sido feitos do prédio do Sindmotoristas.Do outro lado, cerca de 50 pessoas tentavam impedir a entrada dos oposicionistas na sede. Esse grupo era ligado à chapa do atual presidente.

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