30 de novembro de 2011 | 03h04
Apenas 13 dos 55 vereadores - 11 petistas, Tião Faria (PSDB) e Aurélio Miguel (PR) - assinaram até ontem à noite o pedido de abertura da CPI da inspeção veicular. "É um assunto que está sendo politizado. O Ministério Público já está acompanhando o caso, não há necessidade de ser aberto procedimento na Casa", argumentou o líder do PSD, Marco Aurélio Cunha. Outros líderes saíram em defesa do prefeito e minaram qualquer possibilidade de o caso ser levado a plenário, como Celso Jatene (PTB) e Wadih Mutran (PP). "Tecnicamente nem é possível implementar CPI antes do fim do ano. Já temos duas em andamento (Acessibilidade e Apagão)", disse Cláudio Fonseca (PPS).
Caso a bancada de sete vereadores do PSDB assinasse a CPI, a investigação seria aberta. Mas não houve consenso na bancada. "Não podemos surfar na onda do PT e cair no denuncismo pelo denuncismo", disse Floriano Pesaro. Ele disse que se reuniria com a bancada para tomar posição em relação ao assunto.
Vereadores de oposição discursaram ontem sobre caso por pouco mais de uma hora. Alguns deles, com medo de terem favores negados nas subprefeituras em ano de eleição, não assinaram o pedido de CPI. Outro motivo para o receio seria o fato de a Controlar agregar empreiteiras que são doadoras de campanha para dezenas de partidos políticos. "O papel da Câmara de fiscalizar o Executivo precisa ser cumprido em um caso tão grave como esse. Pena o PSDB não considerar necessária a investigação", criticou Antonio Donato (PT).
Não é a primeira vez no ano que Kassab mobiliza sua base para evitar uma CPI. Em junho, o prefeito acionou aliados para minar pedido de comissão para investigar a criação do PSD.
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