
21 de dezembro de 2012 | 02h06
Foram 819 mortes entre maio de 2011 e setembro deste ano. Entre maio de 2009 e setembro de 2010, haviam sido 911 mortes.
A região central da cidade, onde a campanha começou, atingiu resultados mais expressivos: a queda, de 45%, chegou perto da meta da Prefeitura. Foram 31 mortes no período das ações, contra 57 no período anterior ao programa.
Além de avaliar como positiva a redução das mortes, um dado comemorado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) foi o aumento do respeito à faixa de pedestres. Desde que a iniciativa começou, em 11 de maio de 2011, a CET encomenda pesquisas trimestrais para avaliar se a sinalização está sendo respeitada. A última avaliação, feita entre 23 de novembro e no dia 4 deste mês, mostrou que 29% dos motoristas dão preferência ao pedestre. Na primeira pesquisa, de fevereiro do ano passado, eram 10% dos motoristas.
Pesquisa. A campanha teve dois pilares de atuação. O primeiro foram as ações educativas - com agentes vestindo camiseta amarela e orientando pedestres e motoristas nos cruzamentos do centro. A orientação foi acompanhada de uma campanha na mídia.
A outra frente foi o aumento da fiscalização. Cinco infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foram alvo de um treinamento especial para os marronzinhos da CET e passaram a ser multadas - o que antes não acontecia na cidade.
Desde que as multas começaram, em agosto, já foram anotadas 320 mil infrações. A maior parte foi aplicada pelos marronzinhos, mas 1.574 delas são resultado de monitoramento feito por câmeras da CET. Agentes nas centrais de monitoramento filmaram motoristas cometendo infrações e aplicaram multa a distância - um procedimento até então inédito na cidade.
Durante a campanha eleitoral, o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) prometeu "continuar e melhorar" a Campanha de Proteção ao Pedestre. Mas os detalhes ainda não foram divulgados.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.