
15 de dezembro de 2010 | 00h00
"Vou vender ou alugar, desisto. Ali, não abro mais", disse o proprietário dos imóveis, Jair de Paula, de 48 anos, apontado como maior empresário do setor em São Paulo e que mantinha as casas, esperando a autorização da volta dos bingos. Ele deve desativar também outras 10 casas de bingo vazias que tem na cidade. São imóveis no Itaim, na zona sul, na Avenida Cruzeiro do Sul, zona norte, e na Avenida Angélica, zona oeste. Todos devem dar lugar a outro tipo de estabelecimento.
"Para esse setor, eu não dou mais emprego. Penso até em sair do País", disse de Paula. "Foi uma hipocrisia muito grande. O jogo não vai acabar, o que vai acontecer é que o número de clandestinos vai explodir. Perderam uma chance de regulamentar o setor e colocaram o crime em primeiro lugar."
O presidente da Federação Brasileira de Bingos (Febrabingo), Carlos Eduardo Canto, afirmou que não pretende "capitanear" outro projeto para regularizar os bingos. "Temos de esperar uma posição do presidente Lula. Ele não pode deixar o setor completamente à mercê. Se não houve regularização, que mostre meios de criminalizar de vez", disse.
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