Mulher fica 37 anos com faca enfiada no corpo

Doméstica de 53 anos só descobriu o problema quando foi submetida a uma radiografia para detectar a causa de constantes dores lombares

PUBLICIDADE

Por José Maria Tomazela - O Estado de S. Paulo
Atualização:

Atualizada às 18h05.

PUBLICIDADE

SOROCABA - A doméstica Rosmari Aparecida Rosa de Almeida, de 53 anos, passou 37 anos de sua vida com parte da lâmina de uma faca cravada no corpo. Ela só descobriu o problema quando foi submetida a uma radiografia na tentativa de detectar a causa de constantes dores lombares. O raio x mostrou o pedaço de metal com 5 centímetros enfiado junto à coluna da paciente. A lâmina foi retirada durante uma cirurgia realizada no último dia 17, na Policlínica Municipal, em Sorocaba.

 

Rosmari se recorda de que, quando adolescente, foi ferida com um golpe de punhal por um antigo namorado. Ela conta que o rapaz teve um acesso de ciúme e a atingiu nas costas, acima das costelas. Na época, a vítima foi socorrida e levada para um pronto-socorro. Após um curativo, o ferimento foi suturado e a mulher recebeu alta. Nem ela, nem os médicos que a atenderam se deram conta de que um pedaço da faca tinha se quebrado e ficara no interior do organismo.

Tempos depois, Rosmari começou a sentir dores, inicialmente quando subia escadas, depois, até quando se sentava. Ela passou por vários atendimentos médicos e passou a tomar medicamentos para controlar a dor. Com a persistência do problema, o ortopedista Walberto Kushiyama decidiu pedir uma bateria de exames. "Pedi a ela que fizesse uma radiografia da região cervical e observamos, com surpresa, que havia um objeto metálico inserido na base da coluna. Foi então que ela contou que realmente havia tomado uma facada", disse o médico.

Feito o diagnóstico, foi marcada a cirurgia simples para a retirada da faca, na mesma Policlínica. Rosmari recebeu alta no mesmo dia. Nesta quarta-feira, 24, ela já se considerava totalmente recuperada. "Depois de tanto tempo, estou me sentindo jovem outra vez. É bom viver sem dor", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.