18 de junho de 2011 | 00h00
A magia da Neon, aliás, foi além da construção de Paulo Mendes da Rocha. A marca veio mais madura, mais chique, como se tivesse encontrado o equilíbrio entre seu estilo abravanado e colorido e uma nova elegância, que mistura referências díspares em harmonia absoluta. Com chapéus que são cestinhas indígenas, o desfile começa com peças de zibeline em corte couture, passa por maiôs sensuais prontos para festa, e chega nos looks de linho e seda, com as estampas marcas registradas da dupla Dudu Bertholini e Rita Comparato. Com charme e humor, as modelos fazem a pose certa e terminam em um tableau vivant em forma de "N".
Na Ellus, que teve banda indie ao vivo, o DNA da marca (o jeanswear) vem na modelagem e nos cáquis, mas os tecidos são sofisticados, como sedas e couros. O xadrez perde o ar grunge e vai se apagando, sob jaquetinhas de couro (branca ou prata) e arrematado com uma ótima versão de bolsa quase carteira. Nem tudo é original, mas a coleção atende bem seu público-alvo.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.