MPF recorre e volta a pedir fechamento de Congonhas

Alegando que não havia provas que relacionassem a pista ao acidente, juiz negou primeiro pedido

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Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) decidiu recorrer da decisão judicial que negou o pedido de liminar que havia elaborado solicitando a suspensão das operações no Aeroporto de Congonhas enquanto não forem esclarecidas as causas do acidente aéreo com o Airbus da TAM, no último dia 17 de julho. Veja mais:Leia os últimos diálogos dos pilotos no Airbus  Caixa-preta aponta que piloto não conseguiu desacelerar AirbusBrigadeiro diz que caixa-preta revela um 'filme de terror'CPI quer inquérito sobre vazamento de dados da caixa-pretaQuem são as vítimas do vôo 3054 Galeria de fotos Opine: o que deve ser feito com Congonhas? Cronologia da crise aérea Vídeos do acidente Tudo sobre o acidente do vôo 3054 Sob a alegação de que não havia provas que relacionassem a pista principal do aeroporto ao acidente que vitimou 199 pessoas, o juiz Clécio Braschi, da 8.ª Vara Federal Cível, rejeitou o pedido de liminar do MPF-SP. Os procuradores do MPF-SP Márcio Schusterschitz da Silva Araújo e Suzana Faibanks explicaram em nota que o recurso é motivado pela possibilidade de que novos acidentes aconteçam em virtude das próprias condições do aeroporto. "Fica clara a falência de Congonhas como conceito", diz o texto. "As dúvidas referentes à segurança do aeroporto permanecem", acrescentam os procuradores. Para o MPF-SP, "a infra-estrutura aeroportuária deve ser encarada como um limite para a aviação", e todas as iniciativas que dizem respeito a mudanças no perfil de Congonhas só deveriam ser tomadas após a completa apuração das causas da tragédia e análise das possibilidades de uso do aeroporto. "Dentro deste panorama, a vida, sendo o maior direito assegurado pela Constituição, deve prevalecer sobre qualquer outro interesse", finaliza a nota.

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