
07 de março de 2012 | 20h12
SÃO PAULO - A paralisação dos caminhoneiros autônomos em São Paulo será investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE). A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social informou nesta quarta-feira, 7, que pretende instaurar um procedimento para avaliar a possível irregularidade na mobilização, que provoca o desabastecimento em postos da Grande São Paulo desde a última segunda-feira, 5.
O procedimento foi enviado ao promotor de Justiça Fabrício Tosta de Freitas.
De acordo com o MPE, também será apurado se a mobilização afetou “a possibilidade de movimentação de veículos” na cidade de São Paulo, “em prejuízo ao normal funcionamento da cidade e região (…), com graves consequências sociais, ao serviço de transporte e tráfego”. A Promotoria ainda quer saber se a paralisação gerou “gastos desnecessários” ao poder público e à população.
Escolta
Alisio Vaz, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), disse em entrevista coletiva que entre a manhã de ontem (6) e o início da tarde de hoje, foram entregues pouco mais de 2 milhões de litros na Grande São Paulo. “É muito pouco. O normal seria de aproximadamente 30 a 40 milhões de litros.”
Por isso, ele explica que estão sendo priorizados os serviços essenciais da cidade, como o transporte público, serviços de saúde e coleta de lixo. O transporte desses produtos está sendo feito com a escolta da Polícia Militar. “Está sendo muito eficiente, mas não podemos mobilizar toda a Polícia Militar para atender a escolta de caminhões-tanque.”
No entanto, Vaz disse que há piquetes sendo feitos no lado de fora dos centros de distribuição de combustíveis que atendem a capital. “O que existe é uma situação de desordem por parte de uns poucos piqueteiros, que intimidam com violência aqueles que querem trabalhar normalmente.”
De acordo com o sindicato que representa os postos de combustíveis do Estado, a maior parte dos postos da capital está com falta de algum tipo de combustível.
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