MP vai elaborar laudo sobre Champinha para mantê-lo internado

Acusado de torturar e matar casal em 2003, Roberto Alves cumpre pena em unidade de internação psiquiátrica e será reavaliado

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Por Felipe Resk
Atualização:

SÃO PAULO - O Ministério Público de São Paulo vai elaborar um laudo pericial sobre Roberto Aparecido Alves, mais conhecido como Champinha, acusado de torturar e matar um casal em 2003, quando tinha 16 anos. Cumprindo pena em uma unidade de internação psiquiátrica, ele será reavaliado em uma nova audiência na Justiça, marcada para o dia 27 de agosto, quando o documento vai ser apresentado. 

Nessa data, será reavaliado o pedido de liberdade para Champinha, feito pela Defensoria Pública de São Paulo.

Champinha foi condenado por tortura e assassinato do casal Felipe Caffé e Liana Friedenbach Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

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Contrário à liberação, o MP encaminhou psicólogos e assistentes sociais do Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial (NAT) para fazer acompanhamento psicológico e avaliação dele. O objetivo é elaborar um laudo sobre as condições de internação,tratamento e possíveis alterações técnicas que sejam necessárias. 

Champinha cumpriu três anos de internação psiquiátrica em uma unidade especial, mas não foi liberado após o fim da medida. Em maio, a Justiça de São Paulo decidiu mantê-lo internado. Ele está em uma Unidade Experimental de Saúde na Vila Maria, zona norte da capital. O equipamento foi criado pelo governo paulista para atender adolescentes com transtornos psicológicos graves.

Champinha, hoje com 28 anos, foi condenado por torturar e matar o casal de namorados Felipe Caffé, de 19 anos, e Liana Friedenbach, de 16, que foram rendidos enquanto acampavam na zona rural de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.

Inicialmente ele foi encaminhado à Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), hoje Fundação Casa, onde ficou o período máximo de internação para adolescentes. Em 2007, foi transferido para a unidade experimental de saúde. A proposta da Defensoria Pública é de que ele pudesse continuar o tratamento em liberdade.

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