MP vai apurar aumento na conta de quem gasta pouca água em Sumaré
Concessionária elevou consumo mínimo de 5 para 10 metros cúbicos, passando a tarifa básica de R$ 15 para R$ 31,90
PUBLICIDADE
Por José Maria Tomazela
Atualização:
SOROCABA - O Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo vai apurar o reajuste na tarifa para quem gasta pouca água, em Sumaré, região de Campinas. O aumento, aplicado pela concessionária do serviço de água, elevou o consumo mínimo de cinco para dez metros cúbicos, fixando a tarifa básica em R$ 31,90. Até então, quem gastava até 5 metros cúbicos por mês pagava R$ 15.
Cinco vereadores assinaram uma representação ao MP por entenderem que a medida, na contramão da crise hídrica, incentiva um maior consumo de água. No documento, eles afirmam que o aumento é abusivo. "A família que tem um consumo baixo terá de pagar pelo que não consumiu, ou seja, ela vai ser punida por estar economizando água", disse o vereador Geraldo Medeiros da Silva (PT). Em 2014, as represas quase secaram e a cidade conviveu com o racionamento.
Como outros países lidam com escassez de água
1 / 9Como outros países lidam com escassez de água
Como outros países lidam com escassez de água
Oestado da Califórnia, nos Estados Unidos,tem enfrentado problemas por causa de secas. O primeiro passo para reverter a situação foi implantar o racio... Foto: Denis Cappellin/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
Em Israel, a água é escassa. O paístem um déficit de 45% de água. A Lei da Água, de 1959, estabelece, entre outras questões, que o dono da terra não é... Foto: David Poe/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
O Uruguai está em primeiro lugar da América Latina no abastecimento de água potável, com um atendimento de 98% da população. O país conta com uma empr... Foto: Leandro Neumann Ciuffo/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
O México tem baixa disponibilidade hídrica e má distribuição de água no seu território. O modelo de planejamento e gestão da água contempla também o e... Foto: Dennis Jarvis/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
Na Espanha, há um planejamento de longo prazo para a questão hídrica, revisto a cada seis anos.Há ainda projetos relevantes como o trasvase Tajo-Segur... Foto: Rick Ligthelm/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
No Japão, é utilizado um “Manual geral sobre medidas contra a seca”, dividido em três partes: informações gerais, ações preventivas e ações durante a ... Foto: Jun Takeuchi/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
A China aconteceu teve uma seca intensa de 2009 a 2011, que impactou significativamente a economia do país. Medidas estruturais foram adotadas,como in... Foto: Matt Barber/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
A Austrália superou a seca coma construção de represas e a mudança no padrão produtivo da economia.Diante dos problemas enfrentados na década de 1980,... Foto: Nicki Mannix/FlickrMais
Como outros países lidam com escassez de água
Cingapura é um país pequeno, que lida com um cenário de pouca nos últimos 50 anos. O país reutiliza água,importa o recursoda Malásia e desenvolveurepr... Foto: Leong Him Woh/FlickrMais
PUBLICIDADE
A Odebrecht Ambiental, que assumiu o serviço de água, informou que o reajuste estava previsto no edital de licitação, em 2014. O novo modelo de consumo mínimo já é adotado pela maioria dos municípios que compõem as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A empresa informou que investiu para regularizar o abastecimento em regiões críticas da cidade.
Baixa renda. Em Campinas, o segundo reajuste do ano nas tarifas de água atingiu também a população de menor consumo. O reajuste de 15% que entrará em vigor em meados de agosto, vai incidir sobre a tarifa social, paga pelos moradores de baixa renda, com consumo de até 10 metros cúbicos. Para as 58 mil famílias incluídas na tarifa social por gastarem pouca água, o valor mínimo vai subir de R$ 11,89 para R$ 13,67. O reajuste de 11,98% aplicado nas contas em fevereiro não incidiu sobre essa faixa da população.
A Sanasa, empresa de saneamento do município, alegou que a crise hídrica impactou o caixa da empresa e que sofreu defasagem de 27,32% na tarifa no período de fevereiro a maio de 2015.
Em Limeira, cidade que também enfrentou desabastecimento em 2014, o reajuste de 20,2% - índice acima da inflação -, aplicado em junho, atingiu também a faixa de menor consumo. O valor para as famílias que gastam até 10 metros cúbicos por mês subiu de R$ 25 para R$ 30,5.