05 de novembro de 2010 | 00h00
O Ministério Público Estadual exigirá na Justiça que a empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) pague as multas por falhas na sinalização da Marginal do Tietê. A execução judicial será encaminhada à Justiça até o fim deste mês pela promotora Maria Amélia Nardy Pereira, do Patrimônio Público e Social. Até ontem, o valor acumulado era de R$ 6,5 milhões. Hoje, será feita nova vistoria na via.
Esse valor representa o acumulado das multas diárias de R$ 100 mil desde 1.º de setembro. Em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público, a Dersa, responsável pelas obras de ampliação da Marginal, havia se comprometido a regularizar a sinalização até 31 de agosto. Após esse prazo, seria punida diariamente. As reclamações de motoristas haviam ficado frequentes após a ampliação da via.
A Dersa deveria ter entregue as novas pistas ao tráfego completamente sinalizadas, como determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No entanto, segundo a promotora Maria Amélia, a via continuava irregular até a semana passada. Por esse motivo, ela decidiu cobrar o valor judicialmente. "Toda semana, os técnicos do Ministério Público percorrem a via para fiscalizá-la e, até agora, ainda são constatadas falhas tanto na sinalização horizontal (no asfalto) quanto na vertical (placas)."
A Assessoria de Imprensa da Dersa respondeu, por meio de nota, que "está prestando todos os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público". Já a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou, também por nota, que cumpriu todas as orientações da Promotoria para regularizar a situação da sinalização vertical e horizontal.
Perdido. Motorista há 20 anos, Marcos Marchetti, de 40, diz ter sentido na pele a deficiência de sinalização na Marginal do Tietê na semana passada. Como não havia placas, se perdeu na entrada da via, sentido Lapa, quando trafegava pela pista ampliada. "Fui parar no início da Anhanguera. A pista local está cheia de placas, mas a parte nova, não. Quando tem, é tão em cima que não dá tempo de pegar o lado certo", observa.
O representante de vendas Washington Cunha Lima, de 35 anos, que trafega quase diariamente pela Marginal, tem a mesma opinião. Ele diz que prefere trafegar pela pista local a pegar as faixas novas e ampliadas porque não há tantas placas.
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