30 de junho de 2011 | 19h43
SÃO PAULO - Cinco funcionários do Instituto Butantan foram responsabilizados pelo Ministério Público de São Paulo por contribuírem para o incêndio que atingiu o local em maio de 2010. Segundo a promotora criminal de Pinheiros, Eliana Passarelli, eles teriam sido imprudentes e negligentes, colaborando de forma indireta para o acidente.
A decisão foi encaminhada à Justiça nesta quinta-feira, 30. A polícia, após ouvir testemunhas e receber o laudo da Polícia Técnico Científica de São Paulo, havia decidido em março deste ano não indiciar ninguém pelo incêndio.
As chamas começaram entre 7h e 8h e só foram controladas por volta das 10h. Foram acionados 50 homens do Corpo de Bombeiros e 10 viaturas. Não houve feridos, mas boa parte da coleção de cobras do Butantan - um total de aproximadamente 77 mil exemplares, a maior amostra do mundo de animais da região tropical - foi perdida. Centenas de espécimes desses répteis que haviam sido coletadas pelos biólogos ainda não haviam sido descritas.
Entre os aracnídeos - em especial aranhas e escorpiões -, a perda foi de cerca de 450 mil espécimes, das quais milhares ainda não tinham sido analisadas pelos cientistas do instituto.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.