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Motoristas reclamam do trânsito e andam mais contra lentidão

'A entrada de SP parece uma espécie de membrana. Ninguém sai, ninguém entra', define empresário

Por Tatiana Favaro e de O Estado de S. Paulo
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O consultor em saúde pública Luís Carlos Casarin, de 30 anos, já chegou a ficar meia hora parado (entre 7h30 e 8 horas) no acesso de Jundiaí (a 60 km de São Paulo) à rodovia Anhangüera, no Km 62 (trevo Jundiaí-Itatiba). "Toda semana estou na estrada, de duas a três vezes, na Anhangüera e Dom Pedro, na região de Campinas. O maior problema é a Anhangüera estar sempre lotada de caminhões", disse Casarin, que visita 30 municípios cujos acessos se dão pelas rodovias Anhangüera, Bandeirantes e Dom Pedro I. "Mesmo fora dos horários de pico (a Anhangüera) é uma rodovia chata, complicada", afirmou.   Em setembro, o empresário Roberto Rappa Santos, 30 anos, andou 6,5 mil km, entre estradas do interior do Estado e a capital. Costuma viajar quatro vezes por semana e diz que os principais gargalos que tem de enfrentar são a entrada de São Paulo, no Km 13 da Rodovia dos Bandeirantes, e o acesso a Sumaré (a 120 km da capital paulista), pelo Km 115 da Anhangüera.   "Outro dia um amigo meu, que também viaja, definiu bem: a entrada de SP parece uma espécie de membrana. Ninguém sai, ninguém entra. Isso ocorre em outras estradas, principalmente a Anhangüera, na região de Sumaré. Ali parece mais uma avenida do que uma estrada, porque há congestionamento em todas as pistas, como nas marginais de São Paulo", afirmou. O pior horário, segundo ele, é pela manhã, até 9 horas. "A volta (normalmente nos fins de tarde) é melhor, mas muitas vezes complica", disse.   De acordo com o empresário, apesar das melhoras nas estradas e manutenção constante, ainda há trabalho para o governo do Estado. "O problema é que às vezes a gente não tem alternativa e tem de dar a maior volta: para ir de Jundiaí a Ribeirão Preto tem que passar por Campinas. Para ir de Araras a Poços de Caldas, também. Isso é péssimo. Como uso a Rodovia dos Bandeirantes para evitar trevos da Bosch (atual trevo Monsenhor Geraldo Azevedo, no Km 98 da Anhangüera) e a entrada principal de Campinas (no Km 92 da Anhangüera), outro gargalo bastante ruim de enfrentar é o que está próximo à rodovia D. Pedro I (trevo do Km 103 quilômetro da Anhangüera, acesso da Bandeirantes à Anhangüera e, depois, D. Pedro I)", indicou. "De ônibus as viagens demoram demais. Mais que o dobro do que se for de carro. Então, acabo enfrentando o problema."

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