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Motoristas fazem paralisação em protesto pela morte de colega em São Paulo

Garagem da zona norte, que opera 34 linhas, deverá abrir após o enterro do diretor do sindicato da categoria; SPTrans acionou planto de emergência

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Por Redação
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SÃO PAULO - Motoristas e cobradores da garagem 1 da Viação Sambaíba, localizada na Vila Amália, zona norte de São Paulo, iniciaram a manhã deste sábado, 13, em greve, em razão do assassinato de José Carlos da Silva, funcionário da viação e diretor do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Capital. A garagem, onde estão 155 veículos, entre eles ônibus e micro-ônibus, amanheceu fechada e só deve abrir após o enterro de Silva, cujo corpo até as 4h15 desta manhã ainda estava no IML. O velório sera realizado no cemitério da Cachoeirinha, mas o enterro ainda não tem hora definida. A garagem 1 da Sambaíba opera 34 linhas, a maioria nos bairros de Lauzane Paulista, Pedra Branca, Cachoeirinha, Jardim Peri, Shopping Center Norte(na zona norte); além da região do Hospital das Clínicas (centro-oeste), e dos bairros Santa Cecília e Ceasa, na zona oeste. A São Paulo Transporte (SPTrans) acionou o Plano de Auxílio entre as Empresas em Situação de Emergência (Paese) e deve remanejar 66 veículos de outras garagens para suprir parcialmente a demanda de passageiros nas regiões afetadas pela paralisação. Assassinato Segundo a assessoria do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo, Silva estava reunido com amigos em uma padaria antes do crime. Ele foi embora em seu carro, um Polo prata, e, ao dobrar a esquina da rua Doutor Araujo de Castro, um motoqueiro encostou em seu veículo e efetuou diversos disparos contra ele. De acordo com a PM, o diretor foi encaminhado ao PS Cachoeirinha, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A assessoria do Sindicato afirmou não haver qualquer ligação entre a morte de Silva e as denúncias de corrupção envolvendo diretores do sindicato, mas considera "estranho" outro assassinato de um diretor em tão pouco tempo. No dia 25 de outubro deste ano, o diretor de base do Sindicato, Sérgio Augusto Ramos, foi assassinado a tiros, também por um motoqueiro, na zona sul. Ramos havia denunciado um suposto esquema de desvio de dinheiro envolvendo o presidente do sindicato, Isao Hosoji, e outros diretores.

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