SÃO PAULO - O motorista do ônibus que atropelou Antonio Bertolucci na manhã desta segunda-feira, 13, afirmou à polícia não ter visto o empresário andando de bicicleta em uma alça de acesso à Avenida Sumaré, na zona oeste de São Paulo, antes do acidente. De acordo com o motorista, ele estava na via quando, ao fazer uma curva, ouviu um barulho. Ao observar pelo retrovisor, percebeu que a vítima estava no chão.
Bertolucci, de 68 anos, chegou a ser levado para o Hospital das Clínicas mas não resistiu. Ele era presidente do Conselho de Administração do Grupo Lorenzetti, fabricante de duchas e chuveiros, e tinha o hábito de passear duas horas de bicicleta antes de ir para a sede da empresa.
Na noite desta segunda, ciclistas realizam uma manifestação no local do acidente. Segundo a Polícia Militar, havia cerca de 50 pessoas reunidas na Praça Caetano Fraccaroli por volta das 19h30 desta segunda-feira.
Durante a tarde, os organizadores do protesto prometeram instalar uma "ghost bike" - bicicleta pintada de branco que simboliza a morte de um ciclista - e fazer uma homenagem com velas e flores.
A principal reivindicação é chamar atenção para o art. 201 do Código de Trânsito Brasileiro, que determina que veículos somente devem ultrapassar bicicletas quando houver uma distância lateral de 1,5 metro.