Mostras de decoração 'invadem' a cidade

Há pelo menos quatro exposições agendadas para este mês - três já abrem neste fim de semana

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Por VALÉRIA FRANÇA
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Começou a temporada de decoração em São Paulo. Há pelo menos quatro exposições agendadas para este mês, com ambientes planejados por arquitetos conhecidos. Algumas são pequenas mostras, com no máximo 30 designers de interiores, patrocinadas por marcas que estão de olho no público da Casa Cor - o maior evento da lista, que abre as portas no dia 29 no Jockey Club, zona sul da capital. Duas lojas, a Artefacto e a Etna, já inauguraram espaços decorados por profissionais na semana passada. Espalhados pelos corredores das lojas, os ambientes mostram outras formas possíveis para o uso de materiais comercializados pelas marcas. São didáticas e bem comerciais. Hoje, apesar da polêmica com os vizinhos, um casarão modernista de 3.200 metros quadrados no Alto de Pinheiros, na zona oeste, deve receber os convidados para a segunda edição da Mostra Black (veja mais ao lado). A Black reúne 30 escritórios de arquitetura. Entre eles, nomes considerados medalhões da arquitetura de interiores, como Roberto Migotto (foto) e Sig Bergamin. Eles ajudaram a construir a reputação da Casa Cor, mas hoje se negam a pagar por um espaço na mostra. Há arquitetos que investiram até R$ 500 mil para levantar um ambiente nesta edição, que está em processo de montagem no prédio do Jockey Club. "Eu já tenho uma estrada. Acho que pagar vale para quem está começando", diz Migotto. Alguns nomes se repetem em mais de uma exposição. A arquiteta Debora Aguiar, por exemplo, montou espaços em três das quatro mostras - para a Casa Cor, fez uma casa tecnológica. Top model. A tecnologia é um dos três temas da Casa Cor neste ano - os outros dois são moda e estilo. "Nossa grande homenageada é a top Gisele Bündchen", afirma Angelo Derenze, presidente da mostra. A modelo ganhou um jardim assinado pela dupla de arquitetos Eduardo e Beatriz Fernandez Mera, no qual estará representada por uma estátua de madeira de três metros esculpida pela própria Beatriz. A obra foi colocada em um espelho d'água construído com pastilhas de vidro reciclado. No mobiliário do jardim, cores do vestuário fashion ajudaram a fazer o "mix" entre o mundo da decoração e da moda. "Pensamos em fazer uma sala, mas ela preferiu um jardim, um espaço a céu aberto", conta Eduardo. "A única imposição de Gisele foi ter um espaço sustentável." Passarela. O jardim tem ainda uma ponte que durante o evento vai ser transformada em passarela. Ela será o suporte para os desfiles que estão previstos no evento, como o promovido por uma loja de enxovais em que modelos vão se enrolar em lençóis e toalhas de mesa. Também serão homenageados nesta edição da Casa Cor Paulo Borges, o organizador da São Paulo Fashion Week, e a empresária Costanza Pascolato.

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