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Mortes em Campinas: ouvidor das polícias reforça suspeita sobre PMs

'Chamou a atenção como agiram, quase que com convicção de que nada aconteceria a eles', disse Júlio Neves, que está na cidade

Por Ricardo Brandt
Atualização:

CAMPINAS - O novo ouvidor das polícias do Estado de São Paulo, Júlio César Fernandes Neves, reforçou as suspeitas de envolvimento de policiais militares na execução de 12 pessoas em um período de quatro horas entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, 13, em uma mesma região de Campinas.

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"As declarações de familiares de que os assassinos usavam sobretudo e coturno da polícia e as características de ação de um grupo de extermínio fazem com que a Ouvidoria faça o acompanhamento dessas investigações para que nada seja acobertado", afirmou Neves.

Ele chegou a Campinas na manhã desta terça-feira, 14, para acompanhar o enterro de uma das vítimas, no Cemitério dos Amarais. O ouvidor conversou com o pai de Sérgio Donizete Silva Junior, de 18 anos, o último a ser morto no bairro Vista Alegre.

A Polícia Civil tem como principal linha de investigação o envolvimento de PMs nos assassinatos em reação à morte de um policial militar de folga, na mesma região do Ouro Verde, na tarde de domingo.

"Chamou a atenção como agiram, quase que com convicção de que nada aconteceria a eles", disse Neves. "Assumi a Ouvidoria com a missão de retomar seu papel e, se houver policiais envolvidos nesses crimes, vamos trabalhar para que eles sejam responsabilizados."

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