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Morre menina de 11 anos baleada durante confronto em favela no Rio

Tiroteio ocorreu na comunidade da Quitanda, zona norte, entre PMs do Bope e traficantes

Por Ricardo Valota
Atualização:

SÃO PAULO - Baleada no início da tarde desta sexta-feira, 27, na Favela da Quitanda, pertencente ao Complexo da Pedreira, em Costa Barros, zona norte da capital fluminense, durante uma troca de tiros entre policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e supostos traficantes que haviam se refugiado no local, a estudante Bruna da Silva Ribeiro, de 11 anos, que cursava a 4ª série do Ensino Fundamental e estava de férias, acabou morrendo por volta das 21h30 no Hospital Estadual Carlos Chagas, onde permanecia internada.

 

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Segundo informações da Polícia Militar, a menina estava ao lado da mãe e resolveu correr ao ouvir os tiros. Uma das balas acabou atingindo a garota, que foi levada em um veículo blindado pelos policiais do Bope para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros, onde deu entrada às 14 horas. De lá, Bruna foi transferida para o hospital estadual. Mesmo após receber transfusão de sangue e suportar uma cirurgia de cerca de quatro horas, a menina, que permanecia em estado grave na UTI, não resistiu. O corpo de Bruna, até o início da madrugada deste sábado, 28, ainda estava no Instituto Médico Legal(IML). A previsão é de que a família faça um velório rápido e enterre o corpo da menina à tarde.

 

A polícia afirma que ainda não sabe de onde partiu o tiro que atingiu Bruna, se da arma dos bandidos ou da arma de algum dos policiais militares. Os policiais do Bope foram acionados até a Favela da Quitanda após receberem informações de que para lá haviam se refugiado mesmos os bandidos, ligados ao Comando Vermelho, que atacaram, na última segunda-feira, 23, a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade. Na ação, os criminosos, armados de fuzis calibre 7.62, mataram a soldado Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos.

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