
03 de março de 2013 | 02h05
Natural de Santana do Livramento, Pinheiro estudou no Centro Universitário Franciscano (Unifra) e trabalhava na América Latina Logística, segundo informações divulgadas por ele mesmo na página que mantinha no Facebook.
A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. Um show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira provocou uma fagulha que chegou ao revestimento do teto da casa noturna. A espuma do isolamento acústico queimou rapidamente.
A maioria das vítimas inalou a fumaça tóxica. Os extintores não funcionaram. A casa não tinha uma saída de emergência. A maioria das vítimas morreu no local ou no mesmo dia, quando foram registrados 234 óbitos. Seis morreram em hospitais posteriormente. Ainda há 21 internados em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre.
Laudos. A perícia detectou a presença de monóxido de carbono e cianeto no sangue de duas das 240 pessoas que morreram na tragédia. Os dois laudos, encaminhados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) aos delegados que investigam o caso, foram anexados ao inquérito anteontem. Outras análises devem chegar aos investigadores nos próximos dias e é provável que confirmem os resultados iniciais.
O delegado Marcelo Arigony, da equipe que investiga o caso, disse que os laudos iniciais confirmam as informações preliminares de especialistas de diversas áreas.
Também anteontem a Justiça do Rio Grande do Sul revogou a prisão temporária e decretou a prisão preventiva dos quatro suspeitos de envolvimento no incêndio, a pedido da Polícia Civil.
A decisão vai evitar que Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios do estabelecimento, e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, integrantes do grupo Gurizada Fandangueira, deixem a Penitenciária de Santa Maria hoje, quando terminaria o período de prisão temporária estabelecido logo depois da tragédia pela Justiça.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.