19 de dezembro de 2011 | 03h02
Cada comerciante se vira como pode. Ao lado, na Praça São Rafael, a base da banca de jornal de Thiago Almeida, de 29 anos, foi elevada a mais de meio metro do chão. A estratégia foi adotada para evitar a perda de mercadorias durante alagamentos. Os clientes agora têm de subir três degraus para escolher jornais e revistas. A rua deve receber nova malha de canalização de água, com canais de concreto, poços de visita e bocas de lobo.
O drama se repete na Rua Paúva, na Vila Jaguara, zona oeste. Sob a Rodovia Anhanguera, há uma passagem subterrânea para carros e pedestres que vira piscina. O trânsito para. Ninguém consegue atravessar. E comerciantes tentam, em vão, barrar a entrada da água com placas de ferro de um metro de altura. "No mês passado subi em cima do fogão, porque a água veio na altura do umbigo. Levou sacos de feijão, arroz, verduras", conta a cozinheira Maria de Fátima, de 51 anos. "Aqui alaga feio no mínimo duas vezes por ano."
Enquanto aguardam a conclusão das obras, os moradores dizem que vão "rezando e pedindo a Deus e a São Pedro". "O que mais a gente pode fazer?", questiona Maria. / A.F. e F.F.
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