
30 de abril de 2013 | 15h33
O ato partirá de uma praça na esquina entre a rua Warner e a Copacabana em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, logo em frente à casa onde a dentista vivia e trabalhava. De lá, andará cinco quadras até a Rodovia Anchieta. “Todos estarão de camiseta branca pedindo paz. E para ter paz, tem que realizar algumas reformas no Código Penal, como baixar a maioridade. Do jeito que está, ninguém aguenta mais”, diz Mônica. Segundo ela, há pessoas vindo de outros bairros e mesmo de São Paulo para participar. Como grande parte dos frequentadores são idosos, o ato não deve durar mais do que uma hora.
Um seminarista de uma igreja da região foi chamado para ajudar a comandar um carro de som que será usado para puxar e apaziguar o grupo. “Está todo mundo muito revoltado. Já vi senhoras de 70 anos falando que paga a bala da polícia para matar eles [os assaassinos]. Pessoas que não saem da igreja”, afirmou. O plano de parar a rodovia foi abandonado e os manifestantes apenas se aglomerarão num ponto de ônibus.
Histórico
Cinthya foi queimada viva por quatro criminosos que invadiram seu consultório na tarde de quinta-feira. Ela foi rendida e teve suas mãos amarradas nas costas por dois deles, que a embeberam em álcool e a ameaçaram com um isqueiro. Os outros dois partiram para tentar sacar dinheiro de sua conta.
Quando recebeu a notícia de que ela tinha apenas R$ 30 em sua conta, um dos que a mantinham em cativeiro, um adolescente de 17 anos, ateou fogo em Cinthya. Todos os acusados foram presos e o caso está sendo usado como argumento por regras mais rígidas contra infratores e pela diminuição da maioridade penal.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.