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Ministério Público pede que Gil Rugai use tornozeleira eletrônica

Ex-seminarista foi condenado a 33 anos de prisão pela morte do pai e da madrasta, mas recorre em liberdade

Por Barbara Ferreira Santos e Luciano Bottini Filho - O Estado de S.Paulo
Atualização:

SÃO PAULO - O Ministério Público de São Paulo entrou com um pedido na Justiça para que o ex-seminarista Gil Rugai, de 29 anos, seja monitorado com uma tornozeleira eletrônica. Segundo a promotoria, há o "risco de Rugai fugir caso tenha de cumprir regime fechado".O pedido foi feito pelo promotor Rogério Zagallo no dia 26 de fevereiro, para que Gil Rugai compareça mensalmente no cartório e use tornozeleira eletrônica todo dia, por dia 24h. O Ministério Público pediu ainda a retenção do passaporte do ex-seminarista e que ele não saia da cidade sem autorização judicial. Como não houve decisão do juiz Adilson Paukoski Simoni, o pedido foi renovado outras duas vezes, a última no dia 26 de março. "Já sei que o pedido será negado, estou preparado para isso, mas quero que o juiz ao menos diga o 'não' para eu poder recorrer. Há mais de um mês ele não responde", afirmou o promotor.Para Zagallo, a ausência de vínculo do réu com a cidade de São Paulo torna "viável" a possibilidade de fuga. "Da forma como ocorreu o julgamento, ele não tem nenhuma obrigação de permanecer aqui. Ele está, apesar de consenado a quase 34 anos, absolutamente livre para fazer o que quiser, inclusive para fugir. Não há nenhuma obrigação imposta pelo juiz para que ele permaneça na cidade. Eu quero que ele se vincule de forma mais incisiva aqui", afirmou. "Apenas pelo descumprimento dessas medidas, a prisão poderá ser decretada".Gil foi condenado a 33 anos e nove meses de prisão, em júri no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta Alessandra Troitino, em 2004. O casal foi morto a tiros, dentro da residência onde morava, em Perdizes, na zona oeste. O rapaz recorre em liberdade.O advogado de defesa de Gil Rugai, Marcelo Feller, disse que só irar se manifestar quando for intimado sobre a decisão. "A princípio foi apenas um pedido do Ministério Público. Ainda nem fui intimado. Eu não estou sabendo de nada disso, só sei dessas coisas pelos sites. O processo está com o juiz neste momento", afirmou.De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum da Barra Funda, o juiz Adilson Simoni deverá se pronunciar sobre o pedido até o fim desta semana. A partir da próxima semana ele estará de férias.

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