
12 de dezembro de 2013 | 16h18
SÃO PAULO - O Ministério Público Estadual encontrou um novo pacote de dinheiro no material apreendido no dia 30 de outubro, quando a operação que desmantelou a máfia do Imposto Sobre Serviço (ISS) foi deflagrada. A descoberta ocorreu na manhã desta quinta-feira, 12.
As notas estavam em um cofre apreendido em um apartamento em Santos, no litoral, de propriedade do auditor Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe da quadrilha. A grande quantidade de documentos e pastas colhidas naquele dia, em endereços da capital, do litoral e nos Estados do Rio e de Minas Gerais, ainda está sendo aberta e analisada pelos promotores do caso.
Ao todo, segundo o MPE, foram descobertos R$ 72,7 mil em cédulas. O cofre foi aberto na presença do advogado de Ronilson.
É a segunda vez que os investigadores do caso encontram dinheiro no material apreendido de Rodrigues. Há duas semanas, outros R$ 88 mil foram achados em um cofre confiscado do chamado "ninho da corrupção" - uma sala comercial no Largo da Misericórdia usada por Rodrigues. O dinheiro será doado a instituições de caridade.
Uma testemunha protegida ouvida pelo Ministério Público afirmou na quarta-feira, 11, que Rodrigues participava de outros esquemas ilegais além da máfia do ISS e que ele movimentava, ao todo, cerca de R$ 6 milhões por semana em operações clandestinas.
O MPE formalizou nesta quinta-feira, 12, uma parceria com a Polícia Civil para ter ajuda nas investigações, dada a quantidade de empresas e servidores públicos relacionados ao esquema. É preciso destrinchar 410 obras civis suspeitas de terem sido beneficiadas pelo esquema, em um número ainda não determinado de incorporadoras envolvidas.
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