29 de outubro de 2014 | 22h13
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) informou nesta quarta-feira, 29, que o conjunto de propostas sugeridas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao governo federal para enfrentar a crise hídrica “não foi formalizado”.
No Palácio do Planalto, assessores de Dilma Rousseff disseram que a presidente não está disposta a polemizar com o governador paulista, que rebateu as críticas feitas pela petista sobre a gestão da crise hídrica.
A reportagem procurou o governo federal para comentar as propostas anunciadas por Alckmin, que pediu que a União estabeleça o abastecimento humano como uma prioridade, que tire impostos da água e que seja encerrada a concessão da Represa do Jaguari no fornecimento de água para energia elétrica. O governador quer destiná-la para o abastecimento humano.
“O conjunto de propostas apresentadas pelo governador do Estado de São Paulo, por meio da imprensa, ainda não foi formalizado ao MMA”, informou o ministério. Em resposta à reportagem, a pasta reiterou que desde fevereiro de 2014 o governo federal “alertou o governador sobre a possibilidade de agravamento da estiagem no Sistema Cantareira, colocando-se à disposição para apoiar os investimentos necessários e, ainda, apoiando tecnicamente as ações de gestão do Sistema Cantareira de responsabilidade do governo estadual”.
As declarações são as mesmas feitas por Dilma em entrevista na terça-feira à Rede Bandeirantes. De acordo com o MMA, o governo paulista apresentou “apenas a parceria público-privada da adutora do São Lourenço”, com investimentos federais de R$ 1,8 bilhão. A obra só deve ser concluída em 2018.
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