
10 de março de 2013 | 02h01
O juiz achou melhor obrigá-lo também a se internar no Serviço de Atenção Integral ao Dependente (Said), que entrou em contato com os pais do menino e os incluiu no tratamento. Ontem, depois de três meses de tratamento, Lucas foi falar com o juiz, que o mandou voltar a estudar já amanhã. "Meu filho hoje é outra pessoa. Acho que agora vai. Ele não teria como decidir pela internação. Eu pensava até em levá-lo amarrado. A decisão do juiz foi muito importante", disse o pai.
Já Samuel Francisco da Silva, de 41 anos, foi por vontade própria receber tratamento do Said. Recebeu alta há seis meses. Ele conviveu com muitos internos que haviam sido mandados para o Said compulsoriamente.
Silva acredita que a principal qualidade do serviço foi a busca dos familiares e o tratamento paralelo que eles recebem, juntamente com o paciente. A mulher dele, Rosângela, e os dois filhos, por exemplo, participaram de sessões com os médicos. "Acho que esse tratamento completo, em que se conversa com a família, é mais importante do que o fato de a pessoa ir voluntária ou compulsoriamente", diz Silva.
O desembargador Antonio Carlos Malheiros, coordenador do setor de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça, pondera que a internação compulsória é para casos extremos. "Vale quando se coloca em risco a si próprio ou a terceiros." / B.P.M.
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