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Metrô faz rota de fuga em caso de pane

Nova sinalização pode ser vista entre as Estações Conceição e Jabaquara; em janeiro, companhia colocou placas com orientações dentro dos vagões

Por Luisa Alcalde
Atualização:

Foram instaladas placas luminosas dentro dos túneis da linha 1-Azul do Metrô com a indicação da rota de fuga mais próxima e a distância que deverá ser percorrida para atingi-la, caso os trens precisem ser esvaziados por falta de energia ou qualquer outra emergência ou anormalidade. A nova sinalização com luz verde já pode ser vista entre as Estações Conceição e Jabaquara, na zona sul da capital. Elas serão instaladas ao longo de todos os túneis, vias elevadas e em nível e nas saídas de emergência também nas Linhas 2-Verde, 3-Vermelha e 5- Lilás da Companhia do Metropolitano de São Paulo.O Metrô explica que o projeto está sendo desenvolvido para cada trecho de via, analisando-se as condições existentes e as melhores alternativas. Além disso, a colocação segue exigências legais e normativas para facilitar a saída dos passageiros quando necessário. A previsão dos técnicos da companhia é de que toda a instalação esteja concluída no segundo semestre de 2012.Em janeiro, a companhia instalou placas dentro dos vagões com um passo a passo para orientar os passageiros sobre como eles devem agir em caso de emergência - sobretudo quando as composições precisam ser esvaziadas. Os primeiros trens a receber a sinalização também foram os da Linha 1-Azul.Os passageiros são informados que devem caminhar pela passarela de emergência utilizando o corrimão, devem ajudar pessoas com dificuldades de locomoção e ainda segurar crianças no colo ou pelas mãos. As regras de evacuação também sugerem que os passageiros abandonem objetos volumosos para facilitar os deslocamentos nas passarelas. A empresa informa que caso seja necessário deixar objetos no vagão eles ficarão sob responsabilidade da companhia e poderão ser retirados em outra ocasião. Paralisação. Essas placas começaram a ser instaladas três meses após um incidente que paralisou no ano passado a Linha 3-Vermelha, a mais movimentada do sistema. Na ocasião, a paralisação das operações durou mais de duas horas e afetou cerca de 150 mil pessoas.A demora causou pânico entre os passageiros que estavam dentro dos vagões parados nos túneis da linha Vermelha. Muitos acionaram os botões de emergência das composições, quebraram janelas e portas e caminharam pela via, o que obrigou a companhia a desligar a energia de toda a linha para evitar que as pessoas fossem eletrocutadas ou se acidentassem. Na época, houve um efeito cascata, pois os demais trens também pararam e ficaram sem nenhuma ventilação.

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