27 de janeiro de 2011 | 00h00
Até o final da tarde de ontem, no entanto, a divulgação da novidade era tímida. Havia apenas mensagens nas TVs dentro dos vagões. A companhia promete começar ainda nesta semana uma campanha mais ampla, com cartazes e distribuição de folders aos usuários.
O serviço existe há dois anos na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - onde o comércio ambulante é bem mais comum. De lá para cá, a CPTM diz ter recebido 13.486 denúncias via SMS.
"O índice de resolução das denúncias recebidas fica em torno de 30% dos casos, um nível bem aceitável, considerando que nem todas são efetivamente denúncias de irregularidades", diz a companhia. A principal queixa dos passageiros dos trens é a poluição sonora.
Na hora de reclamar. O Metrô exige certo detalhamento das informações a serem repassadas. Pede que o denunciante informe qual é a queixa, em que vagão (o número do vagão fica no fundo e na frente dele), em qual linha e sentido e uma descrição física ou das vestimentas do autor.
Ao saberem das exigências do Metrô, passageiros ouvidos ontem reclamaram. "Acho que não vai dar certo. Não sei onde fica o número do vagão para colocar no torpedo", afirmou a universitária Amanda Stucchi, de 24 anos. Amigo de Amanda, o também estudante Rafael Colonese, de 25, diz que até sabe onde fica o número, mas que tem dificuldade para encontrá-lo quando o trem está lotado. "Em uns vagões o número é grande. Em outros, pequeno. Se estiver lotado e eu quiser avisar o Metrô de alguma coisa, não vai dar", opina. A companhia diz que vai avaliar se a comunicação sobre o SMS está sendo clara e, caso não esteja, deverá fazer mudanças.
"Não acho que ambulantes e gente pedindo dinheiro seja um problema. É só não dar nada para eles. Não precisa mandar SMS para ninguém. Eles tinham de dar um jeito é na lotação. Nós mandaríamos o recado, e eles davam um jeito de colocar mais trens", sugere o comerciante Florisvaldo Santos, de 52 anos.
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