
16 de julho de 2010 | 08h58
Veja também:
Em SP, 95% dos crimes ficam impunes
O modelo de investigação de homicídios determina que um inquérito seja aberto, mesmo que o crime seja de autoria desconhecida, logo que o delegado tome conhecimento do crime. Policiais e peritos vão ao local do delito e iniciam a investigação. No caso dos roubos e outros crimes contra o patrimônio, a polícia apenas registra o boletim de ocorrência para depois ir atrás do ladrão, das pistas e provas.
Com o novo esquema, a polícia vai mandar uma equipe para o local dos roubos. Os policiais terão a companhia de um perito que vai recolher possíveis pistas. Os investigadores vão ouvir as testemunhas e até o retrato falado deve ser feito na hora.
"Tudo o que realizamos é para resgatar a identidade de polícia judiciária e a cultura de investigação", disse o delegado-geral Domingos de Paulo Neto. Desde que tomou posse no cargo, em abril de 2009, Domingos, que dirigiu o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), aposta na investigação e na reforma administrativa das delegacias para aumentar o esclarecimento de crimes. Tudo isso só foi possível porque a Polícia Civil deixou de cuidar de 15 mil presos - as celas dos distritos policiais foram desativadas na capital. Houve espaço para a Segurança Pública cobrar eficiência dos investigadores. O que falta definir no plano da Delegacia Geral é o papel das delegacias de bairro e das delegacias do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) no pronto atendimento dos casos.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.