03 de fevereiro de 2013 | 02h01
Em 1936, durante uma viagem ao Rio, o grupo acompanhou os desfiles dos blocos na Praça Onze e se apaixonou à primeira vista pela animação da festa. Logo, o trio decidiu importá-la para as ruas paulistanas, onde reinavam os corsos e cordões.
Dito e feito. No carnaval do ano seguinte, eles se lançaram como escola de samba, percorrendo ruas como a Direita. E trouxeram inovações. "O mestre-sala, por exemplo. Aqui, era só o porta-estandarte. Depois, a escola lançou a comissão de frente, que não tinha em São Paulo. Aqui, eram rei e rainha", diz Rosimeire Marcondes, neta dos fundadores e atual presidente da Escola de Samba Lavapés, batizada desse jeito em homenagem à rua onde foi criada, no Glicério, região central.
Ao longo dos anos, porém, a escola não conseguiu se manter na dianteira do carnaval, embora tenha formado grandes sambistas, como Carlão do Peruche. Hoje, a Lavapés desfila no quarto grupo, o último. E clama pela atenção dos grandes patrocinadores, sempre tão restritos ao sambódromo. / CAIO DO VALLE
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