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Mesmo sem chuva, Cantareira é o único sistema a subir

O principal sistema hídrico de São Paulo teve alta pelo 52º dia e opera com 66,1% da capacidade; Alto Tietê e Guarapiranga caíram

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Mesmo sem chuva há três dias, o Sistema Cantareira, considerado o mais importante de São Paulo, foi o único dos mananciais a registrar aumento no volume armazenado de água, de acordo com relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nestaquinta-feira, 7. Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande tiveram queda, enquato Alto Cotia e Rio Claro ficavam estáveis.

Segundo a Sabesp, o nível do Cantareira subiu 0,1 ponto porcentual e os reservatórios que o compõem operam com 66,1% da capacidade nesta quinta-feira. No dia anterior, o índice estava em 66%. Esse dado, tradicionalmente divulgado pela companhia, calcula o volume morto como se fosse volume útil do sistema.

Sistema superou a média de chuvas para o mês de março. Foto: Rafael Arbex/Estadão

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Esta é a 52ª alta consecutiva do manancial, que há mais de cinco meses não registra perda no volume de água represada. O Cantareira caiu pela última vez no dia 22 de outubro. Na ocasião, o nível do sistema baixou de 15,7% para 15,6%.

Há três dias, não chove na região do manancial. Até o momento, a pluviometria acumulada é apenas 0,9 mm - bem abaixo do volume esperado, mesmo abril sendo considerado período seco. Se a média histórica, que é de 88,7 mm para o mês, estivesse se repetindo, já deveria ter chovido 20,7 mm. Em março, no entanto, o sistema superou a expectativa de chuva, com 179,6 mm acumulados, enquanto a média é de 178 mm.

O índice que desconsidera o volume morto do sistema aponta o Cantareira com 36,8% da capacidade - 0,1 ponto porcentual acima do dia anterior, quando os reservatórios registravam 36,7%. Já o terceiro índice permaneceu em 51,1%, o mesmo da quarta-feira, 6.

Outros mananciais. Usado para socorrer o Cantareira durante a crise, o Guarapiranga perdeu água represada pelo novo dia e recuou 0,3 ponto porcentual da sua capacidade. Com a queda, o nível do sistema desceu de 85,9% para 85,6%.

O Alto Tietê caiu 0,1 ponto pelo sexto dia seguido, descende de 42,7% para 42,6%. Esse índice já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo em 2014. Por sua vez, o nível do Rio Grande desceu 0,3 ponto e o sistema opera com 94,8%.

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Tanto o Rio Claro quanto o Alto Cotia ficaram estáveis. Enquanto o primeiro está com 101,7% da capacidade, o segundo se manteve em 100%.

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