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Mercado levará 20 anos para consumir estoque

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Por Redação
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O estoque de títulos da Prefeitura que vai tentar atrair novos empreendimentos para o eixo Lapa-Barra Funda, na zona oeste, deve demorar pelo menos duas décadas para ser consumido pelo mercado, segundo avaliação da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp) feita a pedido do Estado. "O que a Prefeitura quer vender para essa área da zona oeste é mais do que a metade de tudo o que foi construído na capital em 2011, quando tivemos recorde de lançamentos de prédios de escritórios. Apesar do novo interesse por prédios residenciais na região, o mercado não vai parar de investir em outras áreas só para se concentrar nessa orla ferroviária", afirma Luiz Antonio Pompeia, diretor da Embraesp.Para o diretor do sindicato da habitação (Secovi-SP), Eduardo Della Manna, a revitalização da Barra Funda, mesmo que demore, deve ser iniciada agora. "Existe um grande mercado nessa região, hoje cada vez mais residencial. A previsão de que um novo polo comercial seria formado ali não se concretizou. E o que interessa agora são mesmo prédios para moradia."A nova demanda de mercado, segundo Manna, forçou a Prefeitura a revisar a operação urbana. "Acho positivo, porque é preciso adensar essa região, que é dotada de boa infraestrutura, tanto para a classe média quanto para a população de baixa renda."Mas se há certeza sobre o potencial de venda, há dúvidas sobre o padrão das construções. Técnicos do governo ainda não têm como prever qual será o perfil socioeconômico das pessoas que devem se interessar em mudar para perto da linha do trem. A dúvida é se a classe média alta, que já ocupou construções de luxo na Pompeia e em Perdizes, também vai ter interesse pela área próxima da orla ferroviária, ou se o perfil será de classe média de bairros como a Penha, na zona leste, e Freguesia do Ó, na zona norte. / A.F., D.Z. e R.B.

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