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Mercado imobiliário teme restrição a vendas

Sindicato da Habitação, porém, considera correta decisão de adensar a cidade nos eixos do transporte público

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Por Redação
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Representantes do mercado imobiliário afirmam que a proposta de Plano Diretor da gestão Fernando Haddad (PT) pode ser favorável à cidade, desde que não limite as opções de venda. "A diretriz de aproximar o adensamento dos eixos de transporte está correta. Dessa forma, poderemos usar melhor espaços como o entorno da Avenida Tiradentes, que tem metrô e não tem incentivos", diz o vice-presidente do sindicato da habitação (Secovi), Ricardo Yazbek.O equilíbrio entre as necessidades de moradia, trabalho e mobilidade será obtido com outra mudança no Plano Diretor, segundo o planejamento do secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco. A construção em territórios que não compreendem eixos de transporte e operações urbanas será limitada a um coeficiente de aproveitamento de terreno básico de 1. Quem quiser construir acima de uma vez o tamanho do terreno já terá de pagar outorga."Além de reorganizar a cidade, vamos aumentar a arrecadação e assim teremos mais recursos para investir", diz Franco. A isenção só deve ocorrer nas áreas já divulgadas pelo prefeito Haddad. São duas: Avenidas Jacu Pêssego, na zona leste, e Cupecê, na zona sul. Em ambos os casos, o benefício de construir quatro vezes mais que o terreno só valerá para empreendimentos não residenciais, como forma de incentivar a geração de empregos. No caso da zona leste, a proposta ainda prevê um pacote de isenções fiscais.Para a arquiteta Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo, instrumentos de incentivo são positivos, mas a generalização de coeficientes máximos de aproveitamento pode deixar São Paulo mais insustentável. "A sobreposição das linhas de trem e ônibus no mapa mostra que praticamente todo o território ficará nas mãos do mercado imobiliário. Nada foi protegido, e o plano permite construir em toda a cidade." / A.F.

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