
19 de dezembro de 2010 | 00h00
Um sábado no Mercado da Madalena tem cerveja gelada, queijo de manteiga ou coalho (típicos do sertão), música, poesia, discussão e risos em torno de "causos".
Muitos defendem que os cantadores de repente são gênios injustiçados. "O maior foi Pinto do Monteiro", dizem o poeta pernambucano Marcos Passos e o escritor paraibano Zelito Nunes sobre Severino Lourenço da Silva, nascido em 1895. Da nova geração tem destaque Os Nonatos.
O produtor cultural e jornalista Anselmo Alves fica indignado com a possível extinção da sanfona de oito baixos, que era tocada por Luiz Gonzaga e hoje sobrevive com Arlindo dos Oito Baixos. "E quando Arlindo se for? Quem vai tocar oito baixos?"
A brincadeira em torno de poesia, cachaça e cantoria, batizada de "Prozac coletivo", só termina perto da hora do fechamento do mercado, às 18h. Para recomeçar no sábado seguinte.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.