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Menina portadora de Down morre engasgada em creche

Segundo a polícia, a menina de dois anos ficou sufocada ao comer um pedaço de cachorro-quente

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Por Redação
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Uma menina de 2 anos, portadora de síndrome de Down, morreu engasgada na tarde de sexta-feira, 15, na creche municipal Sueli Maria Hipólito, em Embu, na Grande São Paulo. Sofia Oliveira Lima foi levada para o pronto-socorro Jardim Vazame, mas já chegou morta. A família suspeita de negligência. Segundo a polícia, a menina estava lanchando, por volta das 16h30, quando ficou sufocada ao comer um pedaço de cachorro-quente e caiu com a cabeça sobre a mesa. O caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia Central de Embu. Caso seja comprovada negligência, os acusados podem ser indiciados por homicídio culposo. A autópsia, na noite de sexta, confirmou a morte por parada cardiorrespiratória causada por sufocamento. A menina foi enterrada às 17h30 deste sábado no Cemitério Municipal Jardim dos Jesuítas, em Embu. O pai de Sofia, Dilson da Silva Lima, de 38 anos, afirma que a menina não recebia os cuidados adequados na escola e já havia sofrido maus-tratos. "Eu tinha avisado para eles que ela era especial. Perguntei se tinham condição de cuidar dela. Disseram que não tinham tempo de dar comida para cada criança e que elas tinham de aprender a comer sozinhas", afirmou. "Ela já chegou em casa com hematoma, mordida, com uma unha arrancada. Eu pensava que era acidente." O diretor da creche, João Batista Freitas, disse que o socorro foi rápido. "Não houve negligência. Na hora, estavam as educadoras e os funcionários de apoio." PEDACINHO DA LUA No dia 27 de junho, Gabriel Ribeira, de 7 meses, morreu na creche Pedacinho da Lua, na Vila Medeiros, zona norte da capital paulista. O menino teve uma parada cardiorrespiratória, após ficar três horas no local. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o inquérito policial ainda não foi concluído. O pai fala em negligência da creche. Já a defesa do estabelecimento disse, em depoimento no último dia 4, que o menino tinha meningite viral, o que poderia levar a vômito. No hospital, plantonistas encontraram restos de alimentos na garganta da criança.

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