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Médica morta em São Paulo era referência em HPV, diz colega

Enterro aconteceu na tarde de sábado (13), em Santo André; `Estamos chocados´, afirma diretor do hospital

Por Carolina Dall'Olio e do Jornal da Tarde
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A médica ginecologista, Nadir Oyakawa, de 53 anos, que foi baleada e morta por assaltantes, na noite desta sexta-feira (12), em São Paulo, era uma das principais autoridades no Brasil no tratamento do HPV, disse o diretor clínico do Hospital Pérola Byington, Dr. João Queda, onde Nadir era chefe do setor de laser. O enterro de Nadir aconteceu na tarde deste sábado (13), no Cemitério de Vila Assunção, em Santo André, com a presença de familiares e amigos, além de pessoas sensibilizadas com a morte da médica. "Ela era muito querida pelos pacientes e sua morte chocou a todos", disse Queda, que prestou sua solidariedade a família e afirmou ainda que "a morte de Nadir é uma perda muito grande para o hospital". O HPV é uma a doença sexualmente transmissível (DST), mais freqüente na população sexualmente ativa, porém, também pode ser encontrada em crianças e na pós-menopausa. Estima-se que cerca de 10 a 20% da população adulta sexualmente ativa tenha infecção pelo HPV. Nadir foi baleada e morta, por volta das 23h30 de sexta-feira, ao tentar escapar de três assaltantes que a abordaram na porta da casa do irmão dela, na Rua Doutor João Vieira Neves, no Jardim Esmeralda, região do Rio Pequeno, na zona oeste da cidade de São Paulo. Foto: Evelson de Freitas/AE Ocupando um Zafira prata, a médica tinha acabado de deixar em frente ao portão um casal de sobrinhos. Neste momento, os criminosos apareceram e anunciaram o assalto. Temendo pela integridade física dos sobrinhos, ela buzinou e pediu para que eles entrassem rapidamente. Um dos criminosos, assustados com a reação da vítima, atirou, atingindo Nadir na região dos rins. A médica não resistiu à hemorragia interna causada pelo projétil e morreu no local. Depois de atirar, o trio fugiu a pé em direção à Favela do Sapé, nas proximidades. O caso foi registrado no 51º Distrito Policial, do Butantã. Segundo a polícia, nenhum bandido foi preso até o momento. Graduada e pós-graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), a ginecologista ocupava o cargo desde dezembro de 1990. Era médica-assistente do Setor de Histeroscopia do Hospital Indianópolis e médica co-responsável do Setor de Histeroscopia do Laboratório Campana.

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