
02 de agosto de 2010 | 00h00
A cúpula da Segurança Pública não tem dúvida de que o sucesso dessas ações está por trás da reação do PCC. A facção escolheu os alvos a dedo. O tenente-coronel Paulo Telhada não é um policial comum. Além de chefiar a mais famosa unidade da PM, ele é desses oficiais carismáticos que gostam de comandar da linha de frente - não faz muito tempo, matou com um tiro um ladrão que roubava um hotel nos Jardins. Assassiná-lo permitiria à facção erguer um troféu. Já o ataque ao quartel da Rota, para o governo, foi uma ação de propaganda da facção. Os disparos contra o prédio não causaram danos relevantes. E os responsáveis se expuseram de tal forma que um deles foi baleado e morto pela guarda. Assim, seu único propósito seria a repercussão que o fato teria na sociedade. Essa, aliás, era uma das principais preocupações do governo. Pegas de surpresa pelas ações do PCC - nenhum dos órgãos de inteligência detectara a preparação dos ataques -, as Polícia Civil e Militar tentam agora demonstrar eficiência no esclarecimento desses crimes.
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