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Martinho da Vila leva o samba ao Rock In Rio nesta sexta

Com Emicida e Cidade Negra, cantor faz apresentação no Palco Sunset na tarde de hoje

Por Roberta Pennafort e RIO
Atualização:

 

Quem não entende a presença do samba no Rock in Rio não é sujeito de seu tempo. A conclusão é de Martinho da Vila, o sambista decano que é porta-estandarte de seu gênero no palco Sunset. Cercado pelo reggae do Cidade Negra e o rap de Emicida, e pelas filhas cantoras Maíra e Juliana, ele canta clássicos como Disritmia e Madalena e o samba-enredo campeão Kizomba, Festa da Raça. Agregador por natureza, ele não quer saber dessa conversa do que cabe ou não num festival de rock, suscitada pelo chamado de Claudia Leitte, Ivete Sangalo (que canta hoje também) e outros "forasteiros" à Cidade do Rock."Rock, samba, reggae, rap... É tudo música negra. Vale tudo. Quem diz que não é por falta de informação, e porque está com a cabeça no passado", disse Martinho nesta quinta, em entrevista dada no meio de um ensaio com seus "meninos". "Hoje, os festivais são todos misturados. Estou vendo o Rock in Rio pela TV e está muito legal, diversificado. As bandas de rock têm muita percussão, teve música de orquestra." O grupo fez dois ensaios. No palco, vão se apertar dois bateristas, três percussionistas, dois tecladistas, quatro sopros, e mais guitarra e baixo e o equipamento de Emicida. Do Cidade Negra, vão cantar hits como Pensamento, Onde Você Mora, A Estrada, Girassol e A Sombra da Maldade. A toda hora rolam intervenções de Emicida. "É um espetáculo de 'brodagem', uma grande homenagem à cultura africana, raiz de todos nós", resume Toni Garrido. "Aqui, todos têm o mesmo sobrenome: Da Vila."Ontem, Diogo Nogueira já havia representado a nova geração do samba no Sunset. O cantor participou do Baile do Simonal, comandado por Simoninha.

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