PUBLICIDADE

Marido de ativista assassinada em Rio Preto cobra que Justiça seja ‘dura’

Mulher foi morta a golpes de marreta, após ser amarrada à cama e violentada por idoso que ajudava a ler e a escrever

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - O plano do web designer César Augusto Lopes, morador de São José do Rio Preto, de levar uma vida simples e feliz ao lado da mulher, a ativista social Simone de Moura Facini Lopes, de 31 anos, e do filho Davi, de 11, foi cruelmente sabotado no dia 12 de março. Sua mulher foi morta com golpes de marreta, depois de ser amarrada à cama com correntes e cadeados e violentada sexualmente. O assassino confesso, o sitiante Francisco Lopes Ferreira, de 64 anos, era ajudado pela mulher, que o ensinava a ler e a escrever e o tratava de “vozinho”.

Sofrimento.'Não consigo ver as fotos dela nem acompanhar o trabalho da polícia', relata o web designer César Augusto Lopes Foto: Cesar Augusto

PUBLICIDADE

O crime, que revoltou familiares, amigos e moradores da cidade, ainda causa muita repulsa ao viúvo. “Estou muito mal, não consigo ver as fotos dela, não consigo acompanhar o trabalho da polícia. Estou vivendo para o nosso filho. Sou pai e mãe dele, lavo, passo, cozinho, levo à escola. É o que me mantém vivo.” 

Simone era a mais velha de quatro irmãos - três mulheres e um rapaz. Lopes conta que a família é evangélica e faz trabalhos sociais, ajudando as pessoas mais necessitadas. “Eu fiz várias ações com ela, até que ela conheceu aquele senhor.”

Lopes não se conforma por não ter percebido o perigo. “Ela levava roupas e remédios para ele, cortava as unhas, passava pomada nas feridas. Só fazia bondade. No dia em que tudo aconteceu, ela tinha ido lá para fazer bolinhos de chuva. Com tudo isso, só posso dizer que ele é não é humano, é um monstro. Sou cristão, mas quero que a Justiça seja dura com ele, espero que não saia vivo da prisão.”

Presos. Simone foi achada seminua, acorrentada à cama. A marreta usada no crime foi entregue à polícia por um caseiro, que negou participação no crime. Ferreira estava foragido e acabou preso dez dias depois. Ele disse que amava a jovem, foi rejeitada por ela e, por isso, a matou. A polícia apontou Ferreira como autor do crime e o caseiro como cúmplice.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.