04 de julho de 2014 | 22h02
SÃO PAULO - Um suspeito de 28 anos morreu e duas vítimas de assalto ficaram feridas na tarde desta sexta-feira, 4, após tiroteio entre dois assaltantes e um policial militar de folga, em um arrastão na Marginal do Pinheiros, ao lado da Estação Morumbi da CPTM, na zona sul de São Paulo. O trânsito da pista expressa da via foi interditado para um helicóptero da Polícia Militar resgatar uma pessoa atingida no pescoço.
De acordo com a PM, a troca de tiros aconteceu por volta das 14h50. Dois ladrões armados, cada um em uma moto, aproveitavam o trânsito que antecedeu o jogo do Brasil contra a Colômbia para fazer um arrastão na via. A Marginal do Pinheiros era uma das vias mais congestionadas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Primeiro, os assaltantes renderam duas mulheres e um homem que tinham acabado de sair do trabalho e ocupavam um Renault Logan. Eles cercaram o automóvel, apontaram as armas e roubaram um celular.
Seguindo o fluxo da via, eles se dirigiram ao Fiat Punto do policial militar de folga. Os assaltantes utilizaram a mesma tática de cercar o veículo. O PM, no entanto reagiu ao assalto.
O assaltante Acaua Oliveira Sass, que se dirigiu para a janela do motorista, foi atingido pelo policial e morreu. Com ele, a polícia encontrou um revólver calibre 38. Ainda segundo a Polícia Militar, o assaltante usava uma motocicleta com a placa adulterada.
Duas pessoas que estavam dentro de um Chevrolet Celta foram baleadas. Segundo o delegado Ricardo Leme, do 11.º DP (Santo Amaro), ainda não é possível identificar de quais armas partiram os tiros que atingiram as vítimas. “Tinha muito sangue no local, é a perícia que vai investigar”, afirmou Leme.
O delegado também disse que o comparsa de Sass disparou para atrás enquanto fugia. A pista expressa da Marginal do Pinheiros foi interditada para o helicóptero da PM resgatar as vítimas. Dois ocupantes que estavam no carro que tinha sido assaltado antes de os ladrões abordarem o PM ficaram feridos.
Trânsito. Duas horas antes do apito inicial do jogo do Brasil contra a Colômbia, às 17h, São Paulo registrou um trânsito de horário de pico. Às 15 horas, no momento do arrastão, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), registrou 152 quilômetros de lentidão.
A escalada do trânsito começou ao meio-dia, quando a capital tinha apenas oito quilômetros de vias congestionadas. Entre o meio-dia e às 15 horas houve um salto de 144 quilômetros. Após a curva de congestionamento atingir a parte mais alta da tabela da CET, o trânsito começou a cair em São Paulo. Às 16 horas eram 68 quilômetros de lentidão. Na hora em que a seleção brasileira entrou em campo, o congestionamento era zero.
Foi a quinta vez que cidade teve uma série de medidas para evitar congestionamentos como o do dia 17, na partida da primeira fase contra o México, quando o trânsito chegou a 302 quilômetros uma hora antes do jogo. Muitos motoristas não conseguiram chegar em casa para ver a partida. O máximo desta sexta representa praticamente a metade do registrado naquele dia.
Mais uma vez, a Prefeitura estendeu o horário do rodízio. Carros com placas de final 9 e zero não puderam circular no centro expandido. Também foi proibido o tráfego de carros nas faixas exclusivas de ônibus nas vias onde os veículos são liberados após os horários de pico.
A ampliação no horário do rodízio em dias de jogos do Brasil ou na Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste, começou a ser adotada após a Câmara Municipal votar contra a possibilidade de se decretar feriados na Copa do Mundo. Na próxima quarta-feira, quando a Arena Corinthians recebe um das partidas da semifinal, o rodízio também será ampliado.
Segundo a CET, a medida diminui em 20% a quantidade de carros nas ruas. A sexta-feira é o dia com mais carros na cidade. A Prefeitura também voltou a dispensar os servidores municipais ao meio-dia. Meia hora depois, as agências bancárias fecharam as portas. Ruas do centro foram interditadas para melhor fluidez dos pedestres.
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