O preso Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, não comparecerá ao julgamento do assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente, Antonio José Machado Dias, marcado para quinta-feira, dia 1º. A informação é do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Na semana retrasada, Marcola já havia sinalizado a intenção de não comparecer ao júri em conversa com detentos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste do Estado. Segundo o Tribunal de Justiça, o presidiário Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, réu no mesmo processo, estará presente à sessão no plenário 5 do 1º Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Machado Dias foi executado a tiros em 14 de março de 2003, após sair do Fórum de Presidente Prudente. Para o Ministério Público Estadual (MPE), Marcola e Carambola são líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e mandantes da morte do magistrado. Ambos negam as acusações. Outros quatro homens foram acusados de envolvimento no assassinato. Três acabaram condenados - um deles a 30 anos. O quarto aguarda julgamento.
Procedimento
O júri será presidido pelo juiz Alberto Anderson Filho. Primeiro, serão ouvidas cinco testemunhas de defesa e depois outras cinco de acusação. Em seguida, os réus, se estiveram na sessão, serão interrogados. Como o julgamento envolve dois réus, o promotor de Justiça Carlos Roberto Marangoni Talarico terá, na primeira fala, duas horas para fazer as acusações. O advogado de Marcola, Roberto Parentoni, e o de Carambola, Cláudio Márcio de Oliveira, terão, cada um, 1 hora e 15 minutos para as defesas.
Na réplica, o promotor Talarico e os advogados poderão falar, cada um, no máximo até duas horas. Por último, os sete jurados escolhidos entre 50 pessoas responderão ao questionário sobre as acusações para definir se os réus são culpados ou inocentes. Depois disso, o juiz Anderson Filho anunciará a sentença aos acusados.
Segurança
Um forte aparato policial será montado no fórum para garantir a segurança de juízes, promotores, jurados e até dos réus. A Polícia Militar não deu detalhes sobre o esquema. Policiais Militares à paisana, no entanto, ficarão armados e posicionados estrategicamente nas partes internas e externas do prédio judicial. Agentes de fiscalização judiciária controlarão a entrada do público.