
09 de setembro de 2013 | 02h07
Em relação ao aumento do nível do mar, o relatório compila dados de vários estudos que mostram que ele já está aumentando. E variações de 20 cm a 30 cm esperadas para o final do século 21 podem ser atingidas, em alguns locais, até meados do século ou antes disso.
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Observações feitas em algumas regiões dos anos 1940 ou 1950 ao final dos 1980 registram esse aumento. No Recife, por exemplo, de 1946 a 1987 houve um aumento de 5,4 cm/década. Em Belém, de 1948 a 1987, a elevação foi de 3,5 cm/déc. Em Cananeia (SP), de 1954 a 1990, 4 cm/déc. E em Santos (SP), de 1944 a 1989, o aumento notado foi de 1,1 cm/déc.
Segundo o pesquisador Tercio Ambrizzi, possivelmente o oceano está absorvendo mais energia e se expandindo termicamente. "A elevação do nível do mar é mais por esse motivo do que pelo derretimento das geleiras. É o mesmo princípio da água que expande seu volume quando aquecida na panela." Ainda segundo o relatório, para algumas áreas do litoral Sul e Sudeste, está projetado um aumento da frequência e da intensidade de ciclones extratropicais, podendo levar a um aumento da recorrência de eventos extremos com ondas altas, ventos fortes e precipitações intensas.
Estufa. A terceira parte do relatório aponta quais medidas têm de ser tomadas para que o País reduza suas emissões de gases de efeito estufa. O Brasil se comprometeu voluntariamente em 2009, na Conferência do Clima da ONU, em Copenhague, a reduzir suas emissões até 2020, meta que provavelmente será alcançada principalmente porque a principal fonte de gases – o desmatamento da Amazônia – está sendo reduzido conforme o previsto.
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