Manifestantes e policiais entram em confronto na zona sul de São Paulo

Confronto começou após homem, que dizia ser delegado, furar o bloqueio e ter seu carro apedrejado

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Por Laura Maia
Atualização:

Atualizado às 21h50

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SÃO PAULO - Ato que pedia melhorias para o transporte público na zona sul da Capital tem conflito entre manifestantes e policiais militares. O protesto estava na Avenida Atlântica quando o tumulto começou. Um homem, que disse ser delegado, furou o bloqueio e teve o seu carro atingido por pedras. Policias militares saíram das viaturas e dispersaram o grupo com bombas de gás lacrimogêneo.

Os manifestantes se concentraram às 17h na Escola Estadual Carlos Ayres, no Grajaú, e saíram em caminhada às 18h30. Eles bloquearam as Avenidas Dona Belmira Maria Marin, Teotônio Vilela e Atlântica. Segundo a PM, o protesto concentra cerca de 400 pessoas.

O militante do MPL, Caio Martins, afirmou que a organização apoia o ato, mas que a luta é de vários coletivos e organizações. "Nossos inimigos são os empresários e o governador que governa para eles", disse.

A moradora da comunidade Anchieta, Acidália Maria de Jesus, disse que está na luta por dois motivos. "Além do ônibus lotado que precisa de melhorar muito, nós lutamos também por moradia".

Confusão.

Mais cedo, houve tumulto e empurra-empurra quando motoristas de vans da região tentaram impedir o bloqueio na Avenida Teotônio Vilela.

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Um motorista, que preferiu não se identificar, disse que não era contra a manifestação, mas sim de que eles fechassem a via. "A gente trabalha numa cooperativa e tem de pagar prestações e para isso precisamos de levar e buscar pessoas", afirmou. A policia não interferiu na confusão.

Houve outro princípio de tumulto na porta de uma loja de conveniência do Posto Shell na Avenida Atlântica, mas que se dissipou rapidamente.

Durante o ato eles queimaram catracas e gritaram contra o governador Geraldo Alckmin. Paredes foram pichadas com os dizeres "chega de catraca" e "fogo na PM".

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