Manifestantes do Femen são detidos em SP em protesto por banda russa

Cinco mulheres e um homem, todos brasileiros, pediam a liberdade do grupo russo diante do Consulado em SP

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Por Gheisa Lessa
Atualização:

Texto atualizado às 18h44

 

SÃO PAULO - Seis manifestantes do grupo Femen foram detidos no início da tarde desta quarta-feira, 15. Cinco mulheres e um homem, todos brasileiros, pediam a liberdade da banda de punk rock Pussy Riot em frente ao Consulado da Rússia, na Avenida Lineu de Paula Machado, no Morumbi, zona sul da capital paulista. A polícia afirma que as mulheres tentaram invadir o consulado.

 

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Os integrantes do protesto, com idades entre 19 e 23 anos, foram liberados da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur) por volta das 16h30 desta quarta, depois de assinarem um Termo Circunstanciado. De acordo com a polícia, as mulheres vestiam apenas calcinhas e tinham expressões "de baixo calão" pintadas no corpo. O jovem, de 19 anos, estava vestido com roupas femininas e usava uma máscara. O grupo foi encaminhado para a Deatur, unidade do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade).

 

O diretor do Decade, Aldo Galiano Júnior, disse ao estadão.com.br que o grupo protestou "de forma violenta" ao jogar tinta azul no muro do consulado e também em empreendimentos da região. O grupo também tentou, segundo Galiano, invadir o local escalando os portões e gritando. A Polícia Civil pediu perícia para o local do protesto.

 

Os seis integrantes do Femen foram detidos e ficaram durante quatro horas na delegacia prestando depoimentos. Cerca de dez testemunhas também foram ouvidas, entre elas o proprietário de um restaurante que fica junto ao consulado russo. O grupo assinou um Termo Circunstanciado de danos materiais e importunação ofensiva ao pudor. Segundo o diretor do Decade, eles podem ser condenados a prestar serviços à comunidade.

 

Pussy Riot

 

O protesto desta quarta em frente ao consulado russo pedia a libertação de integrantes do grupo Pussy Riot. As três artistas foram presas, em Moscou, após cantarem um hino de oposição ao mandato do atual presidente da Rússia, Vladmir Putin, diante da catedral Cristo Salvador, em fevereiro deste ano.

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