06 de junho de 2013 | 19h25
Um protesto de estudantes contra o aumento da tarifa de ônibus bloqueou totalmente as avenidas Paulista, Nove de Julho, Treze de Maio e São Luís, na noite desta quinta-feira, 6, em São Paulo. Foram disparadas mais de dez bombas de efeito moral e tiros de borracha pela tropa de choque. Manifestantes revidaram com pedras e um fotógrafo do Estado foi atingido na barriga. Até 21h30 desta quinta-feira, dois foram presos e encaminhados ao 78 DP (Paulista).
Os estudantes prometem outro protesto nesta sexta-feira, dia 7, às 17h, na frente da Estação Faria Lima do Metrô, no Largo da Batata, na zona oeste.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 700 pessoas do Movimento Passe Livre partiram às 17h50 da Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo, em direção à Av. Nove de Julho. Estudantes disseram ao Estado, por telefone, que colocaram fogo em uma catraca de ônibus no cruzamento da via com a Av. Vinte e Três de Maio.
Alguns manifestantes depredaram bares e lixeiras da Paulista e espalharam lixo pela avenida. Na Treze de Maio, arrancaram cabos de luz e hostilizaram motoristas.
Internautas relataram nas redes sociais que os manifestantes também colocaram fogo na saída do Túnel da Erundina, entrando em confronto com a Tropa de Choque.
Aumento da tarifa. Desde domingo, estão em vigor as novas tarifas de ônibus, metrô e trem na capital paulista, que subiram de R$ 3 para R$ 3,20. Para garantir o reajuste de 6,7%, abaixo da inflação, a presidente Dilma Rousseff assinou na sexta-feira, 31, Medida Provisória (MP) que reduz para zero as alíquotas de dois tributos federais, o PIS e a Cofins, sobre as passagens de transporte urbano em todo o País.
Conforme Dilma havia prometido ao prefeito Fernando Haddad (PT), a MP saiu publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União que circulou na sexta-feira à noite. A passagem foi fixada em R$ 3,20, em vez de R$ 3,30. Dessa forma, ela reduziu o impacto do reajuste sobre a inflação, um dos focos de preocupação do governo. O Estado informou sobre o reajuste das tarifas e a desoneração tributária na edição de 23 de maio. No mesmo dia, a medida foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
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