
01 de junho de 2010 | 00h00
Segundo a pesquisadora, esse é um dos fatores que podem ajudar a compreender a grande concentração de moradores de rua nos distritos centrais. "Uma das hipóteses para a concentração é que nesses bairros estão os traficantes", diz.
Ela não acredita, no entanto, que o crack seja o motivo que leva as pessoas a viver na rua. Mas o uso permanente da droga acaba aumentando o desafio para reestruturar a vida delas e levá-las de volta ao ambiente de convívio familiar.
Conforme dados da pesquisa, as pessoas que vivem nas ruas ganham em média R$ 19,30 por dia por meio de trabalhos e esmola. Daquilo que recebem, 69% gastam com comida, 41,4% com bebida, 33,6% com cigarro e 19,6% com drogas. "O combate ao tráfico de drogas no centro é uma política pública fundamental", defende a pesquisadora.
Outro dado importante é que 52,5% dos que vivem nas ruas passaram antes por internações em outra instituições, como Fundação Casa ? a antiga Febem ? (11,2%), clínica de álcool e droga (25%) e hospital psiquiátrico (8,2%). / B.P.M.
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