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Mais comportada e pobre, Parada Gay de SP encolhe

Segundo a polícia, 16ª edição do evento atraiu neste ano menos gente; pela primeira vez, organizadores não divulgaram números

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Por Redação
Atualização:

 Com menos orçamento, mais comportada e supervigiada, a 16.ª Parada do Orgulho LGBT, realizada ontem na região central da capital, encolheu. Pela primeira vez na história do evento, a organização não divulgou oficialmente o público que compareceu à Avenida Paulista. Para a Polícia Militar e habitués do evento, a festa atraiu muito menos gente que nas edições anteriores. “Está muito mais pobre, com menos gente, menos carros, menos divulgação”, resumiu a travesti Desire Viana, de 33 anos, analista de sistemas que há oito anos vem de Porto Alegre (RS) para a parada. Neste ano, o orçamento foi de R$ 325 mil - R$ 120 mil a menos que no ano passado. E o número de trios elétricos caiu de 16 para 14.

A organização afirmou que medir o público presente não era o mais importante, mas sim transmitir a mensagem do evento. Após a polêmica de 2011, que teve como tema a frase “Amai-vos Uns Aos Outros” e a exibição de cartazes de santos, a organização da Parada neste ano adotou um discurso menos provocativo e mais político. O tema foi “Homofobia Tem Cura: Educação e Criminalização." Mesmo assim, o presidente da Parada Gay, Fernando Quaresma, garantiu que o evento bateu recorde de público porque, do alto de um dos trios, conseguiu “ver a Rua da Consolação totalmente tomada”. No ano passado, a estimativa oficial foi de 4,5 milhões de pessoas, o que fazia da Parada Gay de São Paulo a maior do mundo. O dia de sol animou muitos participantes, que mais uma vez lançaram mão da criatividade para compor seus figurinos. “Estou achando muito legal, muito divertido”, disse Ronaldo dos Santos, de 22 anos, que foi à parada com o namorado, Marcio Oliveira, de 34.

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