FRANCA - O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão da psicóloga Natália Mingone Ponte, de 29 anos, neste sábado, 4. Ela é mãe do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, morto em novembro em sua casa no Jardim Independência, em Ribeirão Preto.
A prisão havia sido pedida pelo Ministério Público Estadual. O órgão também havia denunciado Natália e o padrasto de Joaquim, Guilherme Raymo Longo, de 28 anos, na quinta-feira, 2.
Natália já havia ficado presa por 31 dias, tendo sido libertada no dia 11 de dezembro. O pedido para que fosse presa de novo partiu do promotor Marcus Túlio Nicolino. Ele recebeu nesta semana o inquérito da Polícia Civil, que indiciava apenas o padrasto do menino.
Guilherme foi apontado pela polícia como culpado pela morte da criança e responderá por homicídio doloso triplamente qualificado. O promotor acrescentou o pedido contra Natália porque, segundo ele, foi omissa no caso. Ela foi localizada e encaminhada para a mesma cela em que havia ficado anteriormente, na Cadeia Feminina do jardim Guanabara, em Franca.
Cronologia do caso:
Dia 5/11
Joaquim Pontes Marques, de 3 anos, desaparece após ter sido colocado para dormir em seu quarto, por volta da meia-noite, em Ribeirão Preto, interior de SP.
Dia 6/11
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro pede a prisão do casal.
Dia 7/11
A Justiça nega o pedido.
Dia 10/11
O corpo de Joaquim é encontrado no Rio Pardo. À noite, a Justiça decreta a prisão, por 30 dias, da mãe do padrasto. Exames do IML apontaram que não havia água nos pulmões da criança, o que afastou a hipótese de afogamento.
Dia 11/12A psicóloga Natália Ponte, mãe do menino, deixa a Cadeia Feminina de Franca, no interior de São Paulo após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Dia 4/1
O Tribunal de Justiça de São Paulo decreta a prisão de Natália Ponte.