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Mãe de Elóa não vai ao 3º dia de julgamento de Lindemberg Alves

Segundo advogado assistente da acusação, Ana Cristina Pimentel muito cansada e desequilibrada

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Por Redação
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SÃO PAULO - O terceiro dia de julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada, Eloá, em outubro de 2008, não contará com a presença da mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 15, pelo advogado assistente da acusação, Ademar Gomes, no terceiro dia de audiência no Fórum de Santo André. De acordo com o advogado, o júri tem sido extenuante, e Ana Cristina acordou muito cansada.Ademar Gomes também apontou o desequilíbrio da advogada de defesa, Ana Lúcia Assad. 'Ela é muito competente, mas estava desequilibrada'. O outro advogado de acusação, José Beraldo, queixou-se até que ela lhe negou um abraço.Ronickson Pimentel, irmão mais velho da vítima, estava no fórum e falou rapidamente com os jornalistas. "Ele (Lindemberg Alves) é um assassino. Pena máxima", limitou-se a dizer.Previsto para ter duração de três dias - com início na última segunda até hoje - o julgamento já teve algumas tônicas. Segundo dia. Ontem, o depoimento do negociador do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), capitão Adriano Giovanini, causou um choque de versões. Mais de três anos após a morte de Eloá, no ABC, ele continua a afirmar que um disparo no apartamento motivou sua invasão pela Polícia Militar. Sua versão diverge do que relatou a única testemunha ocular, a estudante Nayara Rodrigues da Silva, que alegou que Lindemberg só atirou após ação do Gate.Na parte da manhã, os depoimentos que mais chamaram a atenção foram os dos irmãos da vítima: testemunharam o caçula, Everton Douglas Pimentel e Ronickson Pimentel dos Santos. Em ambos os relatos, os garotos ressaltaram a agressividade e o desequilíbrio de Lindemberg em querer a posse de Eloá. "Uma pessoa dessas não pode ser considerada ser humano. Podem dizer que era trabalhador, não importa. Ele não é digno de estar na sociedade".Primeiro dia. Na segunda-feira, a principal testemunha foi a de Nayara, amiga de Eloá. Emocionada ao relembrar da tragédia e mesmo confrontada pela advogada de defesa, Ana Lúcia Assad, ela garantiu que Lindemberg planejou o crime. Eloá "não sairia de lá viva", segundo disse.Foram ouvidos também os dois amigos de Eloá mantidos como reféns - Victor Lopes e Iago Vilela de Oliveira, ambos de 18 anos. Os dois confirmaram que Lindemberg tinha intenção de matar Eloá desde o início e relataram que foram agredidos pelo réu. Iago prestou depoimento na frente do acusado e afirmou que ele se "gabava do poder" que adquiriu ao invadir o apartamento, no ABC paulista.

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